Esta obra, originalmente apresentada como tese de doutorado no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp, tem como foco de análise um importante segmento da burocracia estatal: a chamada tecnocracia da área econômica em momento crucial da transição política brasileira, entre 1983 e 1987, quando foi concebida e implementada importante reforma no sistema financeiro do País. Naquela oportunidade, seguindo o receituário do Fundo Monetário Internacional, o Brasil procurava, a duras penas, equilibrar as suas contas no tocante ao balanço de pagamentos, mas nem de longe controlava o ritmo inflacionário sempre crescente. O déficit público, como sempre, eterno vilão do processo inflacionário, já era responsabilizado pela crise, só que os principais agentes causadores alegados eram os mecanismos institucionais do “Orçamento Monetário Nacional” e da “Conta Movimento.”